sábado, 25 de maio de 2013

«Também tenho vontade de conquistar títulos mas Deus deu-me inteligência para perceber que é preciso um pouco de tempo.»


O presidente do Sporting diz que ainda é cedo para pensar em títulos mas espera que a restruturação que está em marcha no clube de Alvalade possa colocar, o quanto antes, a equipa lado a lado com os adversários na corrida pelo campeonato. 

«Também tenho vontade de conquistar títulos mas Deus deu-me inteligência para perceber que é preciso um pouco de tempo. Há muitas mudanças para fazer e esta época falhou tudo o que havia para falhar. Mas estamos todos de mangas arregaçadas para melhorar. Os atletas e dirigentes do Sporting entrarão sempre para honrar a camisola do clube, o que não aconteceu algumas vezes. Vamos mudar essa mentalidade e conseguir voltar rapidamente às conquistas de que estamos arredados há algum tempo», disse o líder leonino em entrevista à rádio canadiana CIRV FM, definindo aquele que será o principal objetivo para a próxima temporada:

«Honrar a camisola do Sporting, lutar em cada jogo e deixar tudo em campo. Queremos vencer todos os jogos e vamos fazer tudo por isso. Não é possível dar grandes esperanças quando já perceberam que temos uma grande restruturação pela frente. Muitas alegrias havemos de dar aos adeptos, mas por títulos há que esperar - não vale a pena as pessoas sonharem. Queremos estar a par dos adversários que estão mais bem preparados e temos de trabalhar para conseguir o que esperam de nós - ser a melhor equipa portuguesa.»

«O Sporting olha para equipa B e para os juniores e percebe que tem futuro. É preciso ter algum cuidado com a forma como faz o lançamento dos jogadores - tem de ser de forma sustentada. Este ano correu tudo mal mas, felizmente, temos valores e, mais importante, temos equipa. Olhamos para o que temos e ficamos esperançados com o futuro. Não é só promover jogadores mas também criar uma equipa, é isso que queremos», disse numa entrevista à rádio canadiana CIRV FM, reagindo também à cobiça de alguns jogadores jovens como Tiago Ilori, Bruma ou Eric Dier por parte de clubes estrangeiros.

«A cobiça não tem a ver só com o valor dos jogadores mas também com deformações dos próprios agentes e não podemos deixar que isso aconteça. Houve uma série de jogadores lançados na equipa principal sem que tivesse sido estabelecido um contrato prévio. Estamos a resolver esse assunto mas não é fácil perante alguns empresários. É bom para os próprios jogadores que continuem a evoluir no Sporting e é preciso que os empresários pensem um pouco nisso.»

Sobre se a solução para a crise financeira do Sporting passa pela venda de jogadores da formação, Bruno de Carvalho atirou: «É preciso criar receitas mas será mau sinal se, para o fazer, o Sporting tiver necessidade de vender um jogador de 19 anos. Há outras possibilidades, outros jogadores. Estes miúdos devem evoluir no Sporting. Essa é a nossa estratégia. Como qualquer equipa, o Sporting tem de comprar e vender mas não é miúdos de 18 anos.

Figo, Cristiano Ronaldo e não só...

O líder leonino está no Canadá em convívio com a comunidade sportinguista. Este sábado estará presente nas comemorações do segundo aniversário da Academia do Sporting em Toronto, mais um exemplo da dinâmica do clube na formação de jogadores:

«É fundamental levar a todo o mundo a nossa valia que é a formação. Não é só Cristiano Ronaldo e Figo, mas todos os jogadores que passam pelas seleções. Toronto é um exemplo - tem mais de 200 crianças. A formação de atletas é o trabalho que o Sporting faz aqui e quer fazer por todo o mundo.»

in: abola

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