Por Pedro Soares
No dia em que o movimento Dar Rumo ao Sporting informou a Mesa da Assembleia Geral de que já tem a verba necessária para custear a realização de uma reunião magna extraordinária (e o arrendamento do pavilhão de Odivelas) — já tendo, até, o número da conta bancária dos leões para depositar os 30 mil euros pedidos —, e numa altura em que os serviços administrativos já estão a conferir a validade dos votos recolhidos para o efeito, Eduardo Barroso, presidente da Mesa da AG, confirmou, ontem à noite, ter estado horas antes reunido com Godinho Lopes, que foi ausência notada no jantar de entrega de bolsas dos Leões de Portugal.
Barroso não quis divulgar o teor do encontro mantido por ambos ao almoço, mas o discurso mais sereno na conversa com os jornalistas e os argumentos apresentados sobre a importância estratégica do mês de janeiro, a vários níveis, apontou para a existência de um compromisso entre os dois dirigentes de não realizar a reunião magna em janeiro, mas apenas em fevereiro, tal como os estatutos permitem que aconteça.
«Neste momento, tenho a noção de que os superiores interesses do Sporting fazem com que eu e o presidente Godinho Lopes contribuamos para que esta fase importantíssima para o Sporting possa ser vivida com calma que permita o sucesso das situações que temos de gerir, entradas e saídas de jogadores, a reestruturação financeira e, eventualmente, o dar a palavra aos sócios. Pela primeira vez peço aos sócios: confiem em mim», pediu Eduardo Barroso, vincando que cumprirá «à risca» os estatutos e que com esta Mesa da AG «não haverá irregularidades».
Os estatutos, recorde-se, contemplam a marcação da AG para o efeito «para data não posterior a trinta dias, contados da data em que haja sido requerida», o que dá margem a Eduardo Barroso para a agendar já depois de 31 de janeiro, após o fecho do mercado de transferências.
Há, todavia, uma maneira de evitar a AG, que será a demissão de Godinho Lopes. Pressionado cada vez mais por vários quadrantes do clube, por diferentes grupos de notáveis, Godinho, já ciente que será impossível evitar a reunião magna perante os últimos desenvolvimentos, estará a equacionar abdicar do cargo no fim do mês, fechado o mercado e tratadas algumas questões financeiras prementes, provocando, assim, eleições.
Fonte: A BOLA
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