sábado, 30 de março de 2013

Paulinho, roupeiro ou um símbolo do Sporting?



Paulo Gama, de 41 anos, conhecido no futebol pelo diminutivo Paulinho, nasceu com algumas limitações psicomotoras e foi abandonado pela mãe. Antes de chegar ao Sporting, com 16 anos, em 1986, passou por uma instituição de cariz social. Em Alvalade, fez uma recuperação notável, ajudado por médicos, jogadores, dirigentes e treinadores. Começou no hóquei em patins e passou pelo futebol jovem, até que foi promovido a técnico de equipamentos da equipa profissional. Tornou-se mesmo numa figura emblemática do clube. Já recebeu um galardão Stromp na categoria Prémios Especiais e foi homenageado pela UEFA.

Carlos Antunes, um homem com uma longa passagem pela gestão de recursos humanos quer em instituições privadas quer públicas, passou também pela gestão de recursos humanos do Sporting, no tempo da presidência da Amado de Freitas (1986-1988). Quando desafiado a contar uma história ligada à gestão das pessoas no mundo do pontapé na bola, lembrou-se da contratação do Paulinho.
“Toda a gente ligada ao fenómeno do futebol conhece o Paulinho, o roupeiro. Hoje a designação parece ser a de técnico de equipamentos, mas esta questão da modificação das designações funcionais a que vamos assistindo é outro problema que não cabe aqui ser analisado. O Paulinho, o roupeiro da equipa principal de futebol do Sporting... Pode mesmo dizer-se que ele é mesmo o único elemento que ombreia em popularidade e mediatismo com os futebolistas, o que não acontece nas restantes equipas do nosso futebol. Haverá alguém capaz de se lembrar do nome do roupeiro do Benfica, ou do nome do roupeiro do Porto?” - Carlos Antunes

 O Livro

A vida de Paulinho, roupeiro do Sporting, deu um livro o jornalista Fernando Correia assina a obra.

Chama-se «Paulinho - Esforço, Dedicação e Devoção ao Sporting» e conta alguns dos episódios mais marcantes do funcionário de 42 anos que está há 26 anos ao serviço dos leões. 

Na apresentação do Livro:
«É uma figura que está no Sporting desde os 16 anos pelo que merece todo o nosso respeito. É alguém que tem o coração na boca e que não tem receio de falar, isto apesar de ter algumas dificuldades e ser um pouco tímido. Mas, em suma, é uma pessoa com quem é muito fácil trabalhar», conta o jornalista desportivo que assina a obra.

Fernando Correia ainda aproveitou para salientar que «Paulinho já não é só um símbolo do Sporting. É também um símbolo de Portugal, de todos os clubes desportivos e da Europa».

Para terminar, assistam aqui a uma reportagem feita pela Sport TV, sobre a vida do Paulinho:








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