7 de dezembro de 2012, 20 horas e cinco minutos. O sonho que Ricardo Esgaio alimentara durante anos a fio consumava-se. A bola começava a rolar em Alvalade. Nas bancadas, a mãe, Florbela, o pai, Joaquim, e o tio, Paulo Sousa, testemunhavam com um brilho nos olhos a estreia do miúdo de 19 anos que estava a dar cartas na equipa B e que pode muito bem ser a próxima pérola com o distinto selo de qualidade da formação de Alvalade, onde Esgaio foi moldado desde os 11 anos. Foi, porém, na Nazaré que Ricardo deu à costa. E foi lá que a A BOLA mergulhou nas origens do extremo no day after à estreia pela equipa principal dos leões para descobrir uma das mais genuínas versões da história Era uma vez um miúdo que queria jogar no Sporting.
Foi no areal da praia da Nazaré que Ricardo Esgaio começou a dar largas à paixão pelo futebol. As bolas desde muito cedo fizeram parte da sua vida, ele que nasceu no seio de uma família de leões.
«Ainda não falava e já sabia onde estava o símbolo do Sporting. Dizíamos Sporting e ele lá ia apontar», conta a A BOLA o tio, Paulo Sousa. A mãe, Florbela, avança no tempo. «A primeira palavra que ele disse foi bola, não foi mamã, nem papá», recorda como se fosse ontem. «Sempre adorou bolas desde bebé e foi um passo até ir para os Nazarenos», acrescenta. «E foi o próprio Ricardo que pediu para ir para lá jogar», junta o tio.
Tinha nove anos e na altura ainda nem havia o escalão dele no clube. Mas reconheceram-lhe potencial e foi para o escalão acima. Não demorou muito até a rede de olheiros do Sporting funcionar. Em 2004 foi detetado por Artur Garrett, alertado pelo treinador de Esgaio na altura, Paulo Ribeiro. Garrett ficou impressionado e levou-o para Pina Manique para treinos com os iniciados, de adaptação. Esgaio partiu a loiça nas captações. «Chegou, fez dois golos, uma chapelada ao guarda-redes e ficou», recorda Paulo Sousa.
Fonte: www.abola.pt
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