Artur Fernandes Agostinho nasceu, em Lisboa, a 25 de Dezembro de 1920.
O curriculum deste ilustre Sportinguista, apresenta um palmarés invejável como jornalista, repórter radiofónico, relator, comentador desportivo, apresentador de espectáculos, actor e escritor. Em resumo: um comunicador por excelência.
Na sua juventude foi locutor de rádio amador, mas em 1945 aplicou-se a tempo inteiro nesta actividade, tendo ingressado na Emissora Nacional, através de concurso público, onde se manteve até 1969. Na estação oficial, fez reportagem e participou em espectáculos musicais e de teatro radiofónico, acabando por se fixar como relator e comentador desportivo de hóquei em patins (acompanhando a Selecção Nacional nas grandes vitórias nos Campeonatos da Europa e do Mundo), ciclismo (efectuando a cobertura de uma dezena de Voltas a Portugal) e de futebol. Artur Agostinho foi uma das vozes que transmitiu aos portugueses as estrondosas vitórias no Mundial de 1966, disputado em Inglaterra. Adicionalmente, fez a cobertura dos Jogos Olímpicos de Helsínquia, Roma e Tóquio.
Por essa altura, Artur Agostinho era um dos portugueses mais conhecidos, não apenas pela actividade desportiva mas também pelas frequentes aparições em filmes como ‘O Tarzan do 5º Esquerdo’, ‘Capas Negras’ ou ‘Cantiga da Rua’, e de uma certa proximidade a figuras como Laura Alves, Amália Rodrigues ou Vasco Santana. Mas uma das fitas que lhe deram mais fama acabou por ser ‘O Leão da Estrela’ (1947), a célebre comédia com António Silva em torno de um clássico FC Porto-Sporting. Na televisão, colaborou, desde a primeira hora na RTP onde participou em numerosos programas de todos os géneros.
Dentre as numerosas distinções de que foi alvo ao longo da sua extensa e rica vida profissional, destaque para a Medalha de Bons Serviços, atribuída pela Secretaria de Estado do Desporto, Federação Portuguesa de Futebol e Federação Portuguesa de Patinagem. Ganhou, igualmente, o Prémio Carreira atribuído pelo Clube Português de Imprensa, Prémio Personalidade do Século XX atribuído pela Confederação de Desporto. A 28 de Dezembro de 2010, três dias depois de cumprir 90 anos, foi condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem Militar de Sant’iago da Espada, tendo comentado: ‘Foi um dos dias mais felizes da minha vida… todas as coisas boas da vida me aconteceram hoje’.
No Museu Mundo Sporting, homenageando esta figura ímpar da comunicação portuguesa, a sua voz permanecerá para todo o sempre, quer relatando aqueles dois golos dos ‘5 Violinos’ numa tarde gloriosa do futebol leonino em 1948, quer na narração de todos os golos marcados na Taça dos Vencedores das Taças, com especial destaque para o célebre pontapé de canto de João Morais, que nos deu a vitória na competição na época 1963-1964. Foi Presidente do prestigiado Grupo Stromp no biénio 1999-2000, período em que também integrou o Conselho Leonino. Foi, igualmente, Director do Jornal Sporting e um dos escolhidos para integrar a Comissão de Honra do 1º Centenário. Era o Sócio nº549 do Sporting Clube de Portugal, do qual se tornou associado em Julho de 1949.
Quis o destino que viesse a falecer a 22 de Março de 2011, dia em que se completavam 56 anos da realização do primeiro espectáculo para angariação de fundos para a construção do Estádio José Alvalade, no qual foi cantada pela primeira vez a Marcha do Sporting por Maria José Valério. O grande comunicador Artur Agostinho foi um dos apresentadores desse memorável espectáculo, que esgotou a lotação do Coliseu dos Recreios.
Fonte: Sporting.pt
Fonte: Sporting.pt
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