Armando Aldegalega, uma grande glória do Sporting e do atletismo português, faz hoje 75 anos, dos quais 50 foram passados a correr de «leão ao peito».
A lista de conquistas, recorda o próprio, é quase infindável: “Participei nos Jogos Olímpicos, que penso ser o máximo que um atleta pode atingir, não ganhei medalhas porque nem todos as podem ganhar. Fui 21 vezes campeão nacional em várias provas, 3.000 m obstáculos, 5.000, 10.000 m, maratona, entre outras. Fui mais de 50 vezes internacional. Tenho o recorde de ser 25 vezes internacional só nos 10.000 m, nunca nenhum atleta o atingiu só numa prova. Fui Campeão do Mundo e da Europa de veteranos. Fui porta-estandarte nos Jogos Olímpicos de Munique (1972). Fui capitão de equipa do Sporting. Recebi duas vezes o Prémio Stromp. Tenho a medalha de mérito do Sporting e da Associação de Lisboa de Atletismo. Possuo todos os galardões que se possa imaginar. Tenho a medalha de Mérito Desportivo, do Estado português; a medalha de honra da cidade de Setúbal, onde nasci; a medalha de honra da cidade de Loures, onde resido. Recebi o Prémio Nobre Guedes, do Comité Olímpico. Se fosse a nomear os títulos e tudo o que fiz….”
Em 1962, Armando Aldegalega foi o primeiro português a ganhar uma medalha de ouro, nos Jogos Ibero-Americanos, em Madrid, na prova da maratona. A sensação foi mais do que única de um feito nunca antes conquistado: “Foi, para mim, uma alegria imensa, um êxito extraordinário. Foi a primeira vez que um atleta português ganhou uma medalha numa prova internacional e numa maratona. Ficou para a história.”
Nas provas de veteranos, é o atleta com mais títulos conquistados, até hoje. Porque os anos passam, mas ele não pára. “O que me move? É a coragem e o querer sentir que estou vivo, não quero acabar. Já tenho dito, vale mais morrer de pé do que deitado e eu quero morrer de pé. Parar é morrer e, além disso, enferruja”, justifica.
Uma lição de vida que o «leão» Aldegalega tem sido sempre capaz de exemplificar. Parabéns, campeão!
In: www.sporting.pt
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