Nem o calvário provocado pela fratura no tornozelo esquerdo abate Rinaudo, que apesar de reconhecer a falta de sorte, recusa ir-se abaixo e garante estar pronto para voltar ao nível que já exibiu de leão ao peito.
Como se sente, física e animicamente, depois da lesão?
Animicamente estou bem, porque trato de me manter sempre tranquilo, além do facto de saber que não foi um ano positivo por causa da lesão que me afastou durante três meses e porque me voltei a ressentir do osso. A título pessoal, foi médio/mau, mas sinto-me bem, com muita vontade. Vim para a Argentina para recuperar forças durante as férias, para voltar em força e começar logo a fazer as coisas o melhor possível.
Foi-se abaixo psicologicamente quando se voltou a lesionar?
Não diria tanto, mas não foi bonito. Depois de estar três ou quatro meses em reabilitação de uma lesão horrível, regressar, jogar três jogos e voltar a viver o mesmo foi muito desagradável. Mas ir-me abaixo, não, não é do meu feitio.
Também teve um problema no braço...
No dia da final da Taça de Portugal, de manhã, no meu terceiro treino, levei com uma bola na mão. Tive de fazer exames, pois parecia que tinha partido o pulso; afinal foi apenas uma distensão nos ligamentos, mas ando com uma falta de sorte incrível.
Quando pensa estar a cem por cento?
Deram-me alta na semana passada. Comecei a correr, treinei três dias e vim de férias. Mas, na realidade, vai ser como uma pré-temporada para mim, pois tenho de ficar em forma.
Tinha começado por conquistar um lugar entre os titulares, antes da lesão. Que balanço faz do primeiro ano em Portugal?
Creio que por ter sido o primeiro ano na Europa, foi positivo, de todos os pontos de vista, porque cresço eu, e a minha família também, até nas amizades. No plano futebolístico, as coisas pode correr bem ou mal, podemos ganhar, perder ou lesionar-nos, como me aconteceu, mas crescemos sempre. A análise vai ser sempre positiva, porque estamos a falar de coisas fantásticas: o futebol europeu, as provas da UEFA, as viagens... Coisas que aqui, na Argentina, não tinha. E se foram positivos os anos que passei aqui, imaginem na Europa, onde se encontra a tranquilidade que um jogador procura.
A forma positiva como encara este ano significa que as adversidades o deixam mais forte?
Não se se me fazem mais forte. O que acontece é que a maneira de pensar não muda e a minha cabeça é sempre a mesma. Se me lesiono, tenho de recuperar, ficar bem e voltar a jogar melhor do que antes. Já está. As coisas passam.
IN OJOGO
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