Faz esta quarta-feira 49 anos que onze bravos «leões» conseguiram o inimaginável, conquistar a Taça das Taças. Sei bem a razão porque o escrevo, ao assinalar os 49 anos da colossal conquista da Taça dos Vencedores de Taças, em futebol.
Foi a vitória do esforço, da enorme vontade colectiva de uma equipa operária, sem vedetas, que pôde contar no momento crucial com a grande competência técnica e psicológica de um grande sportinguista, o Arq. Anselmo Fernandez.
Tivemos que efectuar dois jogos de desempate, na 2.ª eliminatória frente ao Espanhol de Barcelona e na meia-final com os franceses do Olympique de Lyon, e mesmo na final, nada se decidiu, tendo sido necessária a realização da finalíssima em Antuérpia, dois dias depois.
Quem, como eu, assistiu ao primeiro jogo em Bérgamo, frente ao Atalanta, derrota por 2-0, constatou como era impensável o Sporting poder chegar à final. Porém, a partir daquela inesquecível noite de 18 de Março que vivemos em Alvalade, cilindrando o Manchester United por 5-0, após derrota por 4-1 em Old Trafford, imaginou-se que, a partir daquele momento, tudo seria possível.
E foi, apesar da duríssima meia-final disputada com os franceses do Lyon, com dois empates, em Lisboa e em Lyon, que nos forçaram a novo terceiro jogo, na noite de 5 de Maio, no estádio Metropolitano, em Madrid. Osvaldo Silva, correspondendo da melhor forma a um centro de Morais e num remate à meia volta, fez o golo.
Esta era a quarta final da competição, que nos anos anteriores fora ganha pela Fiorentina, Atlético de Madrid e Tottenham.
O MTK Budapest, forte equipa húngara, seria o nosso adversário, apurando-se para a final, após reviravolta fantástica. Regressado a casa com uma derrota por 3-0 frente ao Celtic, venceu-os em Budapeste por 4-0.
A 13 de Maio, em Bruxelas, o jogo da final terminou empatado a três golos.
O capitão do MTK, Sandór, que vim a conhecer na época passada em Budapeste, por ser actualmente o presidente honorário do Videoton, confessou-me que os jogadores húngaros, após o jogo de Bruxelas, não foram informados que se iria disputar uma finalíssima, pelo que optaram por uma noite de muitos «copos». Só na manhã seguinte por volta da hora do almoço, os vieram acordar, e dizer que tinham que ir apanhar o comboio para Antuérpia para jogar a finalíssima, no dia seguinte.
O resto, já todos nós sabemos, “foi o pé, foi o pé direito, que chutou a bola assim daquele jeito”, conforme Mário Simões popularizou uma das músicas que compôs sobre o célebre pontapé de «canto» do Morais, o nosso mais mediático e recordado golo.
Neste 15 de Maio, e porque nos prezamos de ser um clube com memória, nada mais justo que felicitar todos os que contribuíram para esta retumbante vitória e recordar aqueles que, embora já tenham partido, farão por todo o sempre, parte integrante da nossa gloriosa e centenária história!
Viva ao Sporting!
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